– É agora repórter! Chegou a minha hora das medalhas e vou estar à altura. DAVAI!!!

O grito de Spet é repetido por todos os russos que, mesmo com noção do elevado número de tropas inimigas que têm pela frente, avançam de forma decidida.

Horas antes, o pelotão 605 tinha sido incumbido de conquistar o aeroporto de Abdul, cercado por rebeldes e forças da OTANA. É lá que está armazenado o míssil que vai ser lançado amanhã. É fulcral limpar o terreno de todas as forças hostis.
O tenente Sturm reuniu as suas tropas e delineou um plano arrojado. Tentar avançar sorrateiramente pelo mato e flanquear o inimigo, investindo de surpresa na sua retaguarda, nas traseiras do aeroporto.

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Estávamos a ser bem-sucedidos na progressão quando uma patrulha do Exército Nacional de Abdul (ENA) nos avisou, via rádio, que estávamos a ir ao encontro de “um ninho de vespas”. A Otana tinha montado um acampamento nessa zona e, naquele preciso momento, havia “uma horda de inimigos” a caminhar na nossa direção. A ordem para retirar surgiu tardiamente e o contacto foi inevitável.

[Vídeo – Recuada estratégica]

Após uma retirada com apenas uma baixa (um ferido), o pelotão russo reagrupou. Reorganizou a força, remuniciou os carregadores e partiu novamente para combate. O plano B é subir uma colina que abraça o aeroporto do lado Este e atacar a partir daí. A subida é lenta e cansativa, mas o ânimo russo mantém-se em alta. Há quem aposte sobre quantos “invasores americanos” irá matar.
Atingimos o topo da colina. Os confrontos lá em baixo são audíveis.
Sturm analisa o cenário e decide parcelar as forças. Avança pela direita com os paraquedistas e encarrega SPET do comando da 605.

[Vídeo – Planificação]

O avanço faz-se rápido. Há imensa resistência junto à entrada do aeroporto. Há algumas baixas no local, algumas que sucumbiram súbita e inesperadamente, o que induz presença furtiva na área. Talvez um sniper na densa vegetação junto à estrada. O pelotão russo avança, tão estratégico quanto determinado.

[Vídeo – Ataque ao Aeroporto]

A louca bravura do médico Felipov permite recuperar alguns feridos. Já não é a primeira vez que as suas arrojadas intervenções no terreno são notadas. Na emboscada anterior, chegou a ser aconselhado pelos companheiros a resguardar-se mais, face à sua importância operacional. “Tem calma que és médico”. Ele ouviu e assentiu. Mas continua a não olhar a meios para cumprir o seu juramento de Hipócrates.

O inimigo já estava a ser fortemente fustigado pela ENA – munida de uma viatura de combate – e foi incapaz de suster a fúria dos russos. Numa estocada final, fazem-no capitular pela terceira vez esta tarde.

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Poucos momentos depois, levanta-se uma nuvem de poeira ao longe, bem no fundo de uma longa recta de terra que atravessa o bosque. De imediato ouve-se o barulho metálico dos carregadores a serem introduzidos. Os russos estão prontos para o que der e vier.

– Terão tido tempo para reagrupar? Já? – questiona King.

Sturm não responde. Continua com o olhar preso na distância.

– Nunca vi ninguém gostar tanto de levar na tromba! – afirma Barna, com o dedo nervosamente colado ao gatilho da sua VSS Vintorez.

– Alto homens! – grita Sturm – Está tudo bem. São os capacetes azuis.

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É uma patrulha da ONU, que já tínhamos encontrado esta manhã em Khali. Estão em Abdul para salvaguardar a segurança das populações locais. Sturm dirige-se a eles. Já os conhecemos, por isso o diálogo é facilitado. Inspecionam o local e certificam-se que os únicos cadáveres envergam fardas militares. Uma rápida troca de continências e são novamente uma nuvem na distância.

Sturm acompanha-os com o olhar. Quando os perde de vista, dá meia-volta, retira a bandeira da Federação Sovodka de uma mochila e, simbolicamente, volta a hasteá-la à entrada do aeroporto.

– Foi com particular orgulho que vi o topo do mastro virar vermelho e azul, as cores da terra mãe – confessa-me Spet.

Com a moral em alta, os russos regressam à base.

[Vídeo – Moral Russa I]

No confronto no aeroporto, o pelotão russo travou conhecimento pela primeira vez com a força aliada de Abdul que os vai auxiliar nesta delicada missão. Trata-se de uma unidade especial do exército nacional de Abdul (ENA), composta por seis elementos. Todos filhos de Abdul e unidos por um desígnio comum: libertar a região de qualquer ocupação estrangeira.
Neste preciso momento, convivem com os russos na base e partilham com eles algumas garrafas de doogh. Uma bebida tradicional de Abdul, feita à base de iogurte carbonizado, pimenta e menta. Alguns russos fazem caretas ao provar, outros apreciam a sua natureza exótica.

 

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Num canto da mesa está Maryana mawrana. É a primeira mulher a integrar o exército de Abdul. Num país cuja crença religiosa proíbe qualquer função das mulheres no exército, ela foi a primeira a lutar por esse direito. Ignorou gargalhadas e forçou a entrada nos campos de alistamento. Calou gargalhadas ao obter índices altíssimos nos testes físicos. Fez engolir gargalhadas com os furos exímios no centro dos alvos no campo de tiro. Histórias da sua resiliência chegaram aos gabinetes do ministério abduliano, tendo o líder decidido aceitar a sua presença para defender o seu país e a sua causa. Hoje, todas as gargalhadas são recordações distantes, ecos desvanecidos pelo tempo.
Maryana permanece impávida no seu canto. Farda justa cor de noite, lábios rosados, cabelo longo castanho e um olhar assassino.

Questiono-a sobre as suas motivações, mas a resposta de Maryana não é imediata. Pousa o copo na mesa e observa o líquido a baloiçar, como vagas de tempestade num oceano vítreo. Uma tormenta contida num invólucro sereno. Talvez também seja assim com ela.

– Combater e expulsar os opressores daqui. E trazer a paz e um futuro melhor para as famílias e crianças de Abdul – responde-me, num inglês com sotaque carregado, a ponte linguística comum que arranjámos para comunicar.

Começo a esboçar uma segunda questão, mas ela interrompe-me.

– Nem é um futuro melhor… é um futuro! Entendes? Enquanto o ocidente aqui estiver não há futuro. Apenas interesses que não são os nossos.

– O que te dá força para voltar a vestir a farda e pegar na arma, dia após dia? – Pergunto.

– Raiva. É a raiva que me alimenta.

O sol trespassa o vidro da garrafa de cerveja e cria um efeito de luz curioso, uma espécie de baioneta de luz, esguia e afiada, projetada no verde-escuro da mesa de campanha. A imagem apodera-se do meu imaginário e das minhas memórias. O meu bisavô materno esteve nas trincheiras da frente oriental na primeira grande guerra. Relembro as histórias que ouvi vezes sem conta sobre os dois anos que ele passou naqueles buracos, onde o companheirismo era a melhor arma de sobrevivência. Será que algum destes homens teve antepassados nessas batalhas? Serão essas memórias manchadas de tragédia ou avivadas por esperança?
Estou longe de o saber neste momento, mas mais tarde, quando me sentar na segurança da minha redação moscovita a escrever estas linhas, será com alguma amargura que irei constatar que nunca me lembrei de obter essas respostas. Talvez. A única palavra que me resta.

Por mero acaso, olho para a minha direita e vejo Sturm a sair em passo acelerado com a sua unidade. Deixo a cerveja a meio, agarro apressadamente na máquina fotográfica e corro na direcção deles.

[Vídeo – Qual é a missão?]

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O trajecto é longo. Atravessamos mato cerrado, terreno aberto, descemos encostas. Ao sair de uma zona arborizada, Sokol e Ssnke atiram-se para o chão, mesmo antes de serem sobrevoados por uma rajada de tiros. Demos de caras com uma força inimiga. Os russos reposicionam-se, desenvolvem manobras de flanqueamento e vão penetrando cada vez mais na densa vegetação, aproximando-se do inimigo. São milícias abdulianas. Após intensas trocas de tiros, estas vão recuando, o que encoraja os russos a prosseguir cada vez com mais determinação. Metro a metro, num jogo de argúcia e paciência, os russos vão conquistando terreno. Após várias baixas, as milícias acabam por retirar.
Ninguém celebra a vitória, pois ela custou caro. Fez o pelotão perder tempo importante e desviar-se da rota de uma missão de extrema importância.

– Papa, bravo, zero, um, escuto.

Sturm reporta o contacto com o inimigo ao centro de comando, tal como o consequente desvio de rota. De imediato, o general Midlandov decide activar um plano de contingência e lançar mais uma unidade militar em busca do combustível. Nada mais, nada menos que a força especial da ENA.
Essa decisão sublinha a importância da missão. O míssil de cruzeiro carece de combustível sólido, fulcral para a ignição e lançamento. O mesmo foi enterrado em diversas zonas de Abdul, uma estratégia de segurança para contornar a vigilância dos satélites da OTANA, preparados para detectar a presença deste tipo de combustível. Estão enterrados em contentores especiais. Cada contentor tem a coordenada que localiza o seguinte. O contentor que procuramos é o derradeiro e mais importante de todos.

Após uma pequena pausa, a 605 prossegue. Percorremos vários quilómetros pelo mato. Há dúvidas sobre o trajecto. Existe a possibilidade de já se ter passado a linha de água que servia de referência na carta militar. Resilientes, os russos prosseguem, mas a fadiga começa a pesar. Perspicaz, Spet perceciona a minha percepção e aborda-me: “Repórter, à medida que o cansaço se instala, a malta começa a avacalhar a estratégia toda, é normal. Negligenciam-se posições, as armas vão apontadas para baixo em vez de irem operacionais… mas quando a acção chegar o pessoal reanima de imediato”, refere, com um piscar de olhos a antecipar um sonoro “davai, davai”.

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Decido ajudar a levantar a moral e proponho uma foto colectiva, num ponto cénico, com as cordilheiras a perderem-se de vista no horizonte. Nunca se sabe se estes doze camaradas de armas voltarão a estar juntos.

IMG_2462Já começa a entardecer quando deparamos com uma íngreme descida com cascalho solto. Dois jipes estão lá em baixo. Sturm requisita os binóculos. Chegámos ao nosso destino. A brigada da ENA já acompanha a equipa de transporte e o engenheiro químico, que é o único elemento autorizado a desenterrar e manusear o contentor. Após perscrutar o terreno com um detector de metais, o engenheiro químico localiza a carga e ocupa-se da sua tarefa.
É decidido que as três brigadas vão escoltar a equipa de transporte até à base.
Antes de iniciarmos o percurso, sou abordado por dois elementos da brigada abduliana. Não falam inglês, mas por gestos pedem-me para registar um momento único: Maryana mawrana está a sorrir.

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O general Midlandov decidiu fraccionar as forças para gerar manobras de decepção durante o longo percurso até à base. Numa bifurcação com duas rotas florestais, parte das forças segue pela direita, outra pela esquerda. Sigo com estes últimos. Já está um pouco escuro, especialmente neste bosque denso, mas as nossas viaturas seguem com os faróis apagados, para não denunciar a nossa posição. Mas alguém não teve o mesmo cuidado. Ouve-se um motor à distância e poucos segundos depois distinguem-se dois pontos de luz. O pelotão esconde-se de imediato no mato. Serão forças aliadas, neutras ou inimigas?
Decide-se armar uma emboscada, que será coordenada por Spet.

– Ao meu sinal, é para bloquear a estrada. Se eles não pararem, abram fogo!

Russos e abdulianos aguardam com a ansiedade à flor da pele. O ruído rouco do motor está cada vez mais próximo.

 – DAVAI!

Vários homens saltam ao caminho da viatura e cercam-na. Bingo! É uma carrinha branca, de transporte de tropas da OTANA. A viatura trava. É dada ordem para desligar o motor. Não é acatada. Ouve-se uma rajada de tiros a embater na chapa e, finalmente, o ruído do motor cessa. Os dois soldados que seguem na frente levantam as mãos. Spet abre a porta traseira e nem quer acreditar. Um pelotão inteiro da OTANA capturado, sem qualquer baixa para qualquer um dos lados. A fria e cirúrgica astúcia russa, mais uma vez em acção.

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Esta patrulha inimiga tinha sido enviada com a missão específica de impedir o transporte do combustível. Estando aniquilada, aguarda-nos um trajecto tranquilo até à base, que percorremos com índices anímicos mais fortalecidos do que nunca.

[Vídeo – Moral Russa II]

– Jardineira? Detesto esta merda!

– Eu gosto, dá cá.

Já não falta muito para cair a noite e os russos convivem numa trincheira de protecção, localizada nas traseiras da base. Chamam-lhe “o bunker”. Trocam-se rações de combate, fumam-se cigarros, erguem-se copos com vodka em nome do dia vitorioso.

Alguns homens aproveitam o momento de tranquilidade para descansar. Outros usam o telefone satélite para ligar para casa. Têm direito a poucos minutos, por isso tentam aproveitá-los bem. Não sei do que falam, mas há olhos a brilhar deste lado da linha.
No grupo, há três homens com russas grávidas em casa. A custo, tentam confortá-las, assegurando estar a salvo e em boas mãos no seio deste grupo. É uma meia-verdade e ambos os lados da linha têm noção disso. Fingem acreditar. Por mais confiança que cada um destes homens tenha no camarada do lado, eles sabem que a guerra é um ser traiçoeiro. Mente como um político, é inconstante como uma arma “Made in USA” e manhosa como uma víbora das estepes. Nenhum deles sabe o que os espera do outro lado da cortina da noite.

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Um dos soldados trouxe uma caixa de umas cervejas caricatas, com sabor a limão. Os outros russos desdenham-nas. Apelidam-nas de camka napitok, “bebida de fêmea”. Mas ele é apreciador e farta-se de rir com as caretas que os companheiros fazem ao simples vislumbre da garrafa. Oferece-me uma. Aceito. O sabor é estranho, mas não é desagradável. Quando dou por mim já vou na terceira garrafa de bebida de fêmea, quando somos alertados para uma nova missão.

O pelotão está encarregue de escoltar um emissário a uma aldeia das redondezas, onde irá reunir com três líderes de facções rebeldes. Leva consigo uma mala com dinheiro para os subornar e convencer a aderir à causa russa/abduliana. Ou, pelo menos, para assegurar uma posição neutra, sem interferências no nosso trabalho.
O emissário segue num jipe e o nosso pelotão escolta-o a pé. É uma missão de alto risco. A escuridão é absoluta e o perigo parece espreitar por trás de todas as silhuetas das árvores.

Salto para dentro do jipe e troco algumas palavras com o emissário. É evasivo e enigmático. Não insisto e volto para a estrada. Sigo a pé na companhia de frix. Está uma noite escura, mas tranquila.

– Demasiado tranquila para o meu gosto – confessa Frix, com apreensão no rosto.

Continuamos em progressão lenta, com as luzes do jipe apagadas e todos os sentidos bem acesos.

Subitamente, dois feixes de luz emergem da escuridão e colam-se aos nossos soldados. O brilho intenso no meio de todo aquele negrume cega-nos. Não temos noção de quem nos cerca no mato. Apenas sabemos que acabamos de cair numa emboscada.

– OTANA, rendam-se! – Alguém grita da escuridão.

Sturm e Spet seguiam à frente. O tenente hesita por alguns segundos. Talvez as forças inimigas estejam em minoria. Talvez aproveitem o escudo noturno para tentar fazer bluff. Talvez estejam desesperados do outro lado da cortina negra.

– Ninguém baixa as armas. Armas apontadas e prontas a disparar – ordena o oficial russo.

– Não vamos voltar a avisar – alerta o soldado da OTANA. – Ou rendem-se ou morrem.

– Ninguém larga as armas – grita Sturm.

A tensão sente-se no ar. É espessa como esta aragem húmida de fim de verão. Cola-se à pele, escorre e goteja a partir das têmporas apertadas pelos capacetes.

Spet intervém:

– Caros amigos… Ou ambos recuamos e fazemos de conta que este contacto nunca existiu. Ou então partimos para a estupidez.

Olho para o lado e vejo Frix, Sokol e Ssnke com os dedos famintos no gatilho.

– É para partir para a estupidez?

Não chega a haver resposta. As rajadas de tiros ecoam por todos os lados. Balas a voar na escuridão em todas as direções. Há gritos ensurdecedores. Alguns de raiva, outros de dor. O caos impregnado numa noite sórdida de Abdul.

Paramos de correr. Tentamos a todo o custo ouvir passos e ruídos denunciadores à distância, mas é impossível silenciar a nossa respiração ofegante. Há incontáveis minutos que corremos sem parar pelo meio do mato. Devemos ter sido perseguidos por um pelotão inteiro. É possível que os tenhamos conseguido despistar. Estou com o Frix e o Snnke. Frix contacta Sturm pelo rádio. À quarta tentativa consegue estabelecer contacto. Temos 10 feridos, alguns graves. A nossa manobra evasiva desviou a atenção do inimigo e permitiu que o jipe que nos acompanhava pudesse resgatar os feridos. Alguns agonizavam de dor, mas insistiram que a viatura passasse primeiro por Khali para deixar o emissário. Primeiro a missão, depois o hospital. São assim os russos.

Frix guarda o rádio com orgulho estampado no rosto.

– Missão cumprida. Vamos para a base.

Após cerca de hora e meia de caminhada nocturna, avistamos finalmente a bandeira russa. Avançamos para a guarita. Não está ninguém a tomar conta do portão. As tendas estão às escuras. O silêncio é absoluto. Rendemo-nos às evidências: Estamos sozinhos na base.
As forças da ENA devem estar noutra missão. O alto comando está reunido em localização secreta com o engenheiro químico. A esmagadora maioria da nossa unidade está no hospital de campanha. Estamos entregues a nós próprios.

Vou ao meu saco buscar uma cerveja. Está morna, mas vai ter de dar. Procuro o Frix. Está junto ao Bunker. Dirijo-lhe algumas palavras mas ele não responde. Acho que nem me ouviu. Está com os olhos presos na escuridão à nossa volta. Noto-lhe a apreensão no rosto. Ele sabe que o inimigo tem noção da nossa posição fragilizada e que um ataque à base é iminente.

Dois soldados e um repórter e uma base inteira para defender.

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